Guardo dentro de mim um grito. Um grito que ainda tá com medo de sair, mas vou logo avisando que quando ele sair, vai ser com tudo.
Ás vezes falo com as paredes, falo baixinho no travesseiro, na esperança de você estar me ouvindo. Mas você não parece me ouvir, ou ligar pra nós dois. E eu não queria que existisse nós dois, eu só queria que fôssemos um só. Até porque quem está só nunca está sozinho, não é mesmo?
Todo esse amor me consome, me consola, me confunde… O nosso tempo ainda não foi embora, tá tudo aqui, tá tudo bem. É o que eu tento me dizer, tentando me iludir com as palavras que soam como um eco no meu peito… mas elas continuam ali, guardadas, com medo de aparecer. Elas já estão em um estado crítico, de não aguentar mais… Estão quase sem ar. São aquelas 3 palavras que se escondem com medo de ferir, ou de serem feridas. A verdade é que elas querem muito mostrar pro mundo inteiro que elas existem, mas o mundo não permite sua existência. Você sabe do que estou falando, não sabe meu amor? Quando falo de amor sempre estou falando de você.. e você lá sabe o que é o amor? Não, você não sabe de nada, você segue sua vida sem rumo. Você não tem a mínima noção do quanto o meu amor é grande, e como eu tento esconder isso. Porque no fim das contas, eu vou me machucar de novo. E porque será? Me disseram que ia passar, que ia ficar tudo bem. E agora ta começando tudo de novo, mas por que tá tudo virado? Porque não foi como na primeira vez? Eu não me sinto amada, desculpa em te falar isso, mas eu sinto como se fosse só mais uma. E talvez eu seja, talvez você nem se importe com o que aconteceu em todos esses mêses. Aquela noite? Bom, foi uma só, e acho que não vai se repitir. Mas o meu amor não é desses de se cuspir da boca pra fora. Meu amor ainda ta aqui, bem guardado, se contendo…
Só não te assusta quando ele sair, porque quem oprimiu esse amor foi você.
Eu te amo
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